domingo, 26 de outubro de 2014

Fragmenta-me – Tahereh Mafi


Depois de ler cuidadosamente esse livro extra da trilogia fico me perguntando sobre a frase desse e-book: “Eu não vou perdê-la”. Pergunto-me porque colocaram uma frase tão equivocada com o que seria escrito dentro do livro na capa? Quando terminar minha explanação sobre este livro, tenho certeza que entenderam minhas considerações.

Adam é nos apresentado de uma forma completamente diferente de Estilhaça-me e de Liberta-me. Lembro a todos que só devem ler este livro depois de lerem os dois primeiros da sequencia. Em Estilhaça-me conhecemos um Adam que sempre pensou em Juliete, que a procurou e que de uma forma muito torta volta pra a vida dela a fim de protegê-la. Em Liberta-me, apesar de Adam sentir muitas dores ao tocar em Juliete ele não aceita se afastar dela. Fica sempre por perto esperando que ela o aceite de volta.


Fragmenta-me trata sobre os últimos capítulos do Liberta-me na percepção de Adam e lá podemos ver claramente que ele não ama e nunca amou Juliete. Eu sei que isso é um choque para muitos leitores, mas logo entenderam. Adam é agressivo. Devo dizer que ele é mais agressivo que Warner. Ele pensa em bater e resolver os problemas ou desavenças com lutas físicas em todo tempo. Qualquer problema que surge, ele pensa em socar ou fazer algo fisicamente contra a pessoa em questão, mesmo que seja um amigo. Então ele descreve o que motivou a busca por Juliete e o que ele tinha em mente para ela. Ele queria mudá-la. Nunca a amou da forma que ela era. Com seus dons ou seus demônios. Sempre quis que ela se acertasse e vivesse como qualquer um deles. Como uma pessoa normal.

Ele se engana muito nesse ponto. Ela não é normal. As suas habilidades nunca a farão ser normal. Como ele pode desejar que ela se torne alguém que não é? Tem um ponto na narrativa que realmente me chama a atenção. Ele descreve seus olhos e suas mãos com posturas loucas, comparando com o tempo de quando a tirou da solitária. Então diz que pensou que ela estivesse “melhorando”, mas que na verdade ela estava regredindo. Aquilo foi como uma apunhalada no coração de qualquer leitor.

E quando ele precisa escolher entre o Jaime e Juliete, escolhe Jaime sem nenhum arrependimento. Mesmo depois de encontrar Jaime e coloca-lo em segurança em nenhum momento volta a pensar em Juliete. Na verdade ele nem quer pensar nela. Está cansado de tudo aquilo e prefere não pensar em ir resgatá-la. Então quando a terrível notícia chega pelo Kenji ele se sente todo ferido. Que grande absurdo! Kenji é a única pessoa realmente preocupada com Juliete. Ele fala a todo o momento que precisam resgatá-la e Adam só desconversa. Muito melhor ficar no conforto onde se encontram do que ir atrás de “mais problemas e falta de estabilidade”. Agora se isso é amor? Eu realmente não sei o que é amor.

A melhor parte daquele livro, se é que tem uma melhor parte, é o Jaime. Ele é a criança mais linda que já vi descrita. Sério! Ele é muito importante para Adam que o considera como um filho, já que acabou criando ele como se fosse um pai. Posso até ficar com raiva do Adam, mas do Jaime nunca.


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